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Meio ambiente e drogas foram os assuntos mais debatidos durante a 24ª sessão ordinária, realizada dia 10 de novembro. Os assuntos foram iniciados pelos vereadores Glalson Chamon (Pros) e Marcelo Ferreira (PDT) - presidente da Câmara, respectivamente, e discutidos pelos demais legisladores.

Chamon foi à tribuna defender a Indicação 128, onde pede ao Executivo, “a construção do terceiro lago no Município, usando a captação de água existente no ‘aprígio’”. O Vereador afirmou que a falta de água é um problema sério e a construção e captação dessas águas podem servir como reservatório em épocas de estiagem, melhorar a qualidade do ar e proporcionar mais uma área de lazer para a comunidade. “Quando soube da construção de um lago no Jequitibás, pensei que seria no ‘aprígio’, usando as águas nas nascentes; fiquei surpreso de não ser lá”, comentou Luiz Basso (PR).

O assunto chamou a atenção dos colegas para o lago em construção no Jequitibás. José Luis Vieira (Ratinho-PMDB) comentou: “achei o lago muito raso; precisa aprofundar o solo, fazer uma barragem e cuidar da vegetação do entorno”. Levy Xavier Ferraz (PRB), relatou que, desde antes do início das obras, pediu o projeto ao Prefeito e não recebeu. Na condição de Presidente da Câmara, Marcelo informou que irá pedir “oficialmente” o projeto e o laudo de impacto ambiental: “qualquer vereador tem direito e dever de acompanhar as obras realizadas na Cidade e, como engenheiro, o Levy tem condições técnicas de colaborar e não deixar acontecer o que ocorreu quando da reforma do Hospital: nós médicos não fomos ouvidos e os problemas de logística que existem hoje, foram exatamente o que nós questionamos na época”.

O vereador Marcelo também alertou que é muito interessante e apropriado reservar água, “mas estamos esquecendo que as nascentes abastecem o Córrego São Joaquim, por isso é importante uma análise profunda para que a construção dos lagos não seque o rio que já está com uma vazão bem baixa”.

O Presidente da Câmara lançou o assunto mais polêmico da sociedade atual: as drogas, contando que em seu consultório médico, muitos pacientes vêm relatando problemas próprios ou com pessoas próximas devido ao uso de entorpecentes, principalmente cocaína e crack. “Na época da faculdade de medicina, estudei a maconha e as pesquisas mostraram que ela não é tão danosa quanto o crack, a cocaína e as drogas sintéticas; mas se estão no mesmo contexto, são ilegais e tem alguém lucrando com isso”.

Marcelo comentou que o maior malefício da maconha é porque ela agrega tráfico, armas e mortes, e é preciso encontrar uma solução para este grave problema que afeta muitas pessoas, direta e indiretamente. O Vereador relembrou ações tomadas em outros países. Na Holanda, há muitos anos, o consumo de maconha em locais específicos é liberado; o Uruguai autorizou o plantio e consumo em lugares e doses pré-determinadas; e, agora o México abriu discussão sobre liberação ou não. “Não sei se abrir o uso acabaria com os problemas, precisamos refletir e tomar alguma atitude. Acho que tem solução, é só pensar e pensar para encontrar o melhor caminho a seguir”, opinou.

Durante os trabalhos, os vereadores aprovaram requerimentos solicitando aumentar a faixa de desconto do IPTU, passando para quem ganha até dois salários mínimos (hoje tem desconto quem recebe até 10% acima do salário mínimo), e não corrigir os valores do Imposto para 2016; ambos de Luiz Basso. Foram apresentadas proposituras cobrando pintura de sinalização de solo, no Centro - de Chamon, Levy e Valério Gaioto (PR); instalação de pontos de energia elétrica no Cemitério Municipal e manter fechado o portão lateral do local - de Aécio Bisesto (Paraná) e Antonio Carlos Candido (Gordinho), ambos do PTB.

A próxima sessão ordinária será dia 17 de novembro, sendo os trabalhos transmitidos ao vivo, das 19h30 às 21 horas, pela TV Claret, canal 19, pelo camarasg.sp.gov.br . Quem preferir pode acompanhar do Plenário “Íria Hansen”, cuja capacidade é de 60 pessoas.

Silvia Araujo – MTB. 16.659